O Autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social, assim como pela presença de comportamentos e interesses repetitivos ou restritos. As manifestações do TEA são classificadas em leve, moderada e grave. O marcador de gravidade é baseado no grau de comprometimento do distúrbio.
Os sinais mais óbvios do Transtorno do Espectro Autista tendem a aparecer entre 2 e 3 anos de idade. Em alguns casos, ele pode ser diagnosticado por volta dos 18 meses. Alguns atrasos no desenvolvimento associados ao autismo podem ser identificados e abordados bem cedo.
Principais exemplos de sinais que podem ser rastreados precocemente, e servir de alerta:
- Dificuldade em sustentar contato visual enquanto é alimentado;
- Ausência de resposta clara ao ser chamado pelo nome (importante descartar hipótese de perda auditiva);
- Atraso no desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal (não apontar, não responder a sorrisos, demorar para balbuciar e falar, ou regressão de linguagem);
- Desconforto com afagos e ao ser pego no colo;
- Aversão ou fixação a algumas texturas, incômodos com determinados sons e barulhos, comportamentos repetitivos e estereotipados (enfileirar brinquedos, rodopiar em torno de si mesmo, balançar o corpo).
Quanto mais cedo a família e a escola forem orientadas sobre o quadro da criança, melhor será sua inserção social e aquisição de autonomia. A intervenção precoce, que pode ocorrer mesmo antes do diagnóstico conclusivo, visa estimular as potencialidades e auxiliar no desenvolvimento de formas adaptativas de comunicação e interação.
O autismo não possui causas totalmente conhecidas, porém há evidências de que haja predisposição genética para ele. Outros reportam o suposto papel de infecções durante a gravidez e mesmo fatores ambientais, como poluição, no desenvolvimento do distúrbio. O TEA não tem cura, mas a intervenção precoce pode mudar o futuro do paciente, melhorando muito a qualidade de vida. Um fator essencial, e talvez o mais importante, é a presença efetiva da mãe e do pai. Eles têm que brincar, estar juntos, fazer atividades ao ar livre e principalmente lidar com essa criança de maneira natural e afetuosa. Elas precisam ter uma infância comum, pois são crianças como quaisquer outras, apenas possuem uma forma diferente de pensar, perceber o mundo e agir.